O Acordo de Paris foi firmado em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Neste acordo 195 países, discutiram e adotaram medidas e metas para a redução de emissões de dióxido de carbono a partir de 2020. Seus principais objetivos são os de fortalecer o enfrentamento à mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para administrar os impactos gerados por essa mudança. A principal meta do Acordo é não elevar a temperatura do planeta acima de 2ºC até 2030. 

Consiste na redução de emissões de gases do efeito estufa e ou no aumento de remoções de CO2 de forma adicional à capacidade do planeta.

Processo pelo qual átomos, moléculas ou íons são retidos na superfície de sólidos através de interações de natureza química ou física.

Água quimicamente vinculada aos produtos da hidratação do cimento Portland, cuja temperatura de desidratação é alta.

Água não ligada quimicamente, livre nos poros da matriz cimentícia.

Aumento da temperatura média da superfície do planeta que tem efeito sobre o clima, provocada por fatores internos e/ou externos. Fatores internos são associados a sistemas climáticos e fatores externos as ações antropogênicas.

Ferramenta de mensuração. Balanço entre as emissões e remoções de gases do efeito estufa. Diferença entre a quantidade emitida e o que deixou de emitir ou que conseguiu sequestrar.

Carbonato de Cálcio. Sal inorgânico formado a partir da reação entre ácido carbônico e o hidróxido de cálcio. Principal produto precipitado na reação de carbonatação.

Óxido de cálcio. Produto fomado na decomposição de rochas carbonáticas. 

Decorre da captura de CO2 dos processos industriais, antes do gás alcançar a atmosfera, podendo ser armazenado em formações geológicas ou utilizado em outros processos, como a cura carbônica.

O CO2 é emitido na atmosfera e removido em processos naturais (sem ação antropogênica) como na fotossíntese ou carbonatação de materiais cimentícios.

Também chamada de captura teórica, seria a capacidade máxima de fixação de carbono que um dado material apresenta.

Também chamada de real, é dependente dos fatores que influenciam a carbonatação, levando principalmente em consideração a relação m²/m³ proteção superficial, condições ambientais, etc.

Neutralização físico-química, onde o produto precipitado é principalmente CaCO3 (carbonato de cálcio). O CO2 de caráter ácido, presente na atmosfera penetra pelos poros dos materiais cimentícios, onde na presença de água reage com os componentes alcalinos da pasta (produtos da hidratação do cimento) de caráter básico, principalmente hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) gerando carbonato de cálcio (CaCO3) e água (H2O).

Remoção química ou física do dióxido de carbono (CO2) de uma mistura gasosa ou efluentes gasosos originários de processos industriais ou termoelétricos.

Técnica onde o CO2 é capturado e armazenado em depósitos subterrâneos, formação geológica, nos oceanos ou na biomassa.

Técnica alternativa à CCS, em que o carbono armazenado tem aplicação industrial em produtos de valor agregado. O CO2 é capturado e utlizado como matéria-prima química ou fluido de injeção resultando em produtos de baixo carbono.

Tecnologia usada para capturar CO2, seguido pelo transporte do CO2 para utilização ou armazenamento permanente atráves das reações de carbonatação mineral (reação de mineralização).

Técnica de avaliação e quantificação de possíveis impactos ambientais associados a um produto ou processo ao longo do seu ciclo de vida.

Ou gás carbônico é um produto químico formado por dois átomos de oxigênio e um átomo de carbono (CO2), encontrado naturalmente na atmosfera, produzido pela respiração dos animais e pela queima de qualquer matéria orgânica. É um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.

É uma medida internacional que estabelece a equivalência entre a capacidade dos gases do efeito estufa de absorver calor e da relativa capacidade de captura de Co2, considerando o potencial de aquecimento globlal.

Dióxido de carbono resultante do processo produtivo das indústrias, que pode ser empregado (utilizado) em outros processos ou produtos.

Deterioração dos metais provocada por processos eletroquímicos (reações de oxirredução).

Termos utilizados para qualquer certificado ou licença negociável que represente o direito de emitir uma tonelada de dióxido de carbono ou a quantidade equivalente de um gás de efeito estufa diferente (tCO2e). Um crédito de carbono é igual a uma tonelada de dióxido de carbono ou, em alguns mercados, gases equivalentes de dióxido de carbono.

Gel de silicatos de cálcio hidratado, um dos principais produtos da hidratação do cimento Portland, responsável pelas propriedades mecânicas.

Também chamada de cura por carbonatação acelerada, trata-se  do tratamento de matrizes cimentícias, em atmosfera controlada e enriquecida de CO2, à poucas idades.

Decomposição química do carbonato de cálcio (CaCO3) em óxido de cálcio (CaO) e dióxido de carbono (CO2), processo que ocorre em temperaturas de aproximadamente 700 °C.

Ação ou efeito de propagação do CO2 em um meio, no caso de matrizes cimentícias está relacionada a capacidade do CO2 penetrar nos poros.

Tecnica onde é medida a diferença de temperatura entre uma amostra em análise e um material de referência enquanto ambos estão submetidos a um mesmo programa de aquecimento.

Liberação de gases na atmosfera, decorrente de atividades humanas.

Carbono armazenado em biomassa de floresta, nos mares e no solo.

Produto da reação do C3A com sulfatos gerando os hidratos de trissulfoaluminato férrico (AFt), cristalizados em forma de agulhas prismáticas.

Indicador de pH com a fórmula C₂₀H₁₄O₄. Apresenta-se normalmente como um sólido em pó branco ou em solução alcoólica como um líquido incolor. A fenolftaleína é incolor em pH 6 e em pH 10 é rósea.

Material inerte, finamente moído, que atua com proposito de preenchimento de vazios e pontos de deposição de produtos de hidratação (nucleação).

Gases que absorvem uma parte dos raios do sol e os redistribuem em forma de radiação na atmosfera, aquecendo o planeta em um fenômeno chamado de efeito estufa.

Representa o percentual médio de água presente nos poros de materiais cimentícios tendo como referência a sua capacidade máxima de absorção.

Hidróxido de cálcio – Também chamado de portlandita em fórmula química Ca(OH)2 resumida CH, produto da hidratação do cimento Portland, consolidado na matriz cimentícia em cristais de formato hexagonal.

Levantamento do qual, países, estados, empresas ou organizações avaliam a quantidade de emissões de GEE e a sua origem.

E um mecanismo de flexibilização criado pelo Protocolo de Quioto, visando auxiliar a redução de emissões de gases do efeito estufa ou captura de carbono por parte dos países listados no Anexo 1 do Protocolo de Quioto (1997).

Processo pelo qual o  o dióxido de carbono reage com alguns minerais para a produção de carbonatos, neste processo, esta reação pode ser feita in-situ ou ex-situ. 

Equivale a um valor líquido zero de emissões antropogênicas anuais de CO2, obtida equilibrando o CO2 liberado com uma quantidade equivalente de CO2 absorvido.

Distância alcançada pelas reações de carbonatação, quando o CO2 por difusão penetrou nos poros da matriz cimentícia e reagiu com os componentes alcalinos presentes no material.

São certificados emitidos quando ocorre a reduçao de emissao de gases do efeito estufa. Uma tonelada de CO2 equivale a um credito de carbono. Creditos de carbono criam um mercado para a reduçao de GEE dando um valor monetario a poluiçao. O Protocolo de Quioto determina uma cota maxima de CO2 que paises desenvolvidos podem emitir.

Quantidade de álcalis disponíveis para reagir com o CO2 durante o processo da carbonatação (mineralização)

Captura de CO2 da atmosfera pela fotossintese, tambem chamada de fixaçao de carbono. Usa-se tambem a expressao Carbon Offset Projects para designar projetos de compensaçao de carbono.

Tipo de análise térmica que registra a variação de massa da amostra em função do tempo e temperatura, gerando um gráfico com desníveis que indicam nas curvas de TG a variação de massa, e na sua derivada primeira (DTG) os desníveis, são substituídos por picos delimitando áreas de alteração de massa, permitindo identificar as reações na amostra em estudo quantitativo da decomposição térmica.

Materiais com potencial de substituir o clínquer na composição do cimento atuando sob o efeito fíler (físico) ou atividade pozolânica (químico).

Partículas de tamanho entre 1 e 100 nanômetros (ƞm), sendo 1ƞm = 0,001 µm.

Materiais finos de origem silicosa ou silicoaluminosa, (cinzas vulcânicas e artificiais: obtidas a partir de escórias, cinzas volantes, argilas cozidas, cinzas de casca de arroz, sílica ativa), que quando finamente moídas e em contato com a água formam produtos de hidratação semelhantes a hidratação do cimento Portland.

A sílica amorfa presente nas pozolanas reage com a portlandita (CH) formando silicatos de cálcio hidratados (C-S-H) em  reação mais lenta que a hidratação do cimento Portland.